Os dois caminhos





O homem é um ser impulsivo e sagaz. Foi criado para ser operário do seu próprio destino. Dessa forma, pode escolher entre dois caminhos: o que conduz ao mal ou o que conduz a felicidade.

O primeiro caminho, lhe parece suave, sem esforço, sem estudo ou cautela. Tudo o que precisa usar são seus instintos "brutais" e agir meramente por impulsos.

O segundo caminho requer esforço, trabalho constante, vigilância máxima (principalmente sobre si mesmo) e pesquisa que requer imensa atenção. Nesse rumo, o instinto necessita de equilíbrio através do uso da razão. Seguir por este caminho, solicita de quem o escolhe, vontade firme e pleno de nobre empenho.

O destino do homem é feito do que ele escolher: Pode ser como o de uma sombra perdida, caminhando sem rumo ou pode ser igual ao de uma noiva que segue sorridente na direção daquele a quem o seu coração escolheu para viver unidos até que a morte do corpo físico os separe.

Pelo caminho do mal, o homem, neste mundo, pode conquistar riquezas, títulos e honrarias, contudo, a paz e a felicidade profunda lhe fugirão em momentos de precisão, ao invés disso, poderá encontrar, nesse caminho, o remorso pungente em meio aos seus festins.

Quando o Espírito deixa o corpo, instrumento de ação neste mundo, ao penetrar no mundo espiritual, se viveu pela escolha do primeiro caminho, nesse outro plano, ouvirá canções de notas discordantes, de letras confusas, envolvidas da torpe hipocrisia em que viveu. Verá diante de si, como reflexo, o seu próprio fantasma acusador de suas más ações praticadas. Nesse instante, se sentirá nu, abandonado, desejando fugir de si mesmo aterrado, tremendo, sem saber que caminho tomar para empreender tal fuga. Sua consciência, juiz de si mesmo, lhe gritará bem alto: "Homem demente e ingrato, porque escolheste o caminho do mal, quando Deus te criou ativo e inteligente para trabalhar ardentemente e feliz para vencer as tuas más tendências e repartires tuas boas conquistas com os teus iguais, seria um labor ideal, só assim, poderias conquistar o teu céu íntimo para sentires em ti a verdadeira felicidade. Por agora, aguardes, errante, por outra oportunidade para reconstruíres o que através de ti o mal destruiu, só assim, poderás retornar ao mesmo ponto da escolha, optar por um rumo melhor, e, como Espírito continuares progredindo."

O homem que escolheu o segundo caminho, seguiu a trilha do dever, lutou e venceu as diversidades do caminho, assim, conquistou o céu em si mesmo. Sua consciência, por não ter o que lhe cobrar, naturalmente, lhe recompensará com a felicidade e a paz real, daquele sentimento suave e agradável do dever bem cumprido.

Fonte: Elio Mollo


Um comentário:

  1. Olá Silvana,
    Há meses não lia o seu blog. Afastei-me dos meus blogs e dos blogs amigos, precisando de um tempo para pensar. É bom voltar e encontrar, como sempre, um texto tão inspirador. De fato, o caminho fácil não nos leva muito longe. Já o difícil pode nos enriquecer. Nada como a dor para nos amadurecer e nos dar mais sabedoria. Um beijo.

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