Agora mesmo; estamos escolhendo nossos destinos



Deus é tolerante com nossas mazelas morais, embora isso não signifique que estejamos livres de nos responsabilizar por elas. Diferentemente do que se pensa, por ser milenarmente divulgado pelas religiões, Ele não deseja que após curto tempo de vida carnal, seja sua obra irremediavelmente votada ao inferno eterno, caso tenha caído em erro – o que é bem provável que aconteça, considerando-se nossa imaturidade moral.
Por esta razão é que recebemos sempre novas oportunidades reencarnatórias, de modo que, como o aluno recalcitrante, tenhamos mais oportunidades de aprendizado que nos promoverá espiritualmente.
Mas da mesma forma que o aluno rebelde repete o ano letivo, sem deixar, no entanto, de arcar com as consequências de sua reincidência no erro, o Espírito renasce quantas vezes for preciso para fazer o mesmo por si. A lição repetida torna mais simples compreender onde houve falha, embora a dificuldade natural de conviver com outros tantos alunos atrasados, inconsequentes, que aumentam o peso das provas experimentadas.
O joio, erva-daninha que se parece com o trigo até determinada etapa do crescimento, não cresce porque o lavrador tem preguiça, mas porque eles se originam na mesma área, e é preciso esperar até que se defina como joio, para então ser separado do trigo sem margem de erro. E é preciso separá-los, porque ele compromete a qualidade do trigo.
No caso do joio e do trigo, espiritualmente falando, o lavrador divino também aguarda pacientemente o tempo da colheita, para que seja feita a separação correta das almas que hoje compõem a humanidade terrena.
O espírito-trigo representa o ser comprometido com o progresso, desejoso de evoluir moralmente. É aquele que não mais quer ser erva-daninha, deseja ser útil à terra fértil que lhe serviu, ser grato ao lavrador que arou a terra, adubou, que lhe deu oportunidade de viver, enfim, quer produzir de si mesmo o melhor grão.
O espírito-joio é o ser equivocado dos valores que devem ser cultivados para o próprio bem. Poderia vir a tornar-se trigo, pois o lavrador oferece-lhe tudo o que precisa para seu desenvolvimento, dando-lhe chances de optar por caminhos diferentes dos que estava trilhando. No entanto, muitas vezes o espírito-joio prefere o imediatismo, o materialismo, acreditando ter escapado da vigilância do lavrador. Durante seu desenvolvimento, ele tenta levar vantagem sobre os demais, e como erva-daninha que é, sufocar o trigo e seus bons frutos.
Ocorre, porém, que tanto para a natureza material quanto espiritual, chega sempre o momento da colheita. Quando o lavrador vê que é tempo de separar os frutos, pouco se pode fazer a respeito, quem ainda nada fez.
Este é exatamente o tempo que a humanidade terrena está vivendo. Um ou outro espírito já se definiu inequivocamente como joio ou trigo, mal ou bem, mas quase todos os membros da humanidade ainda estão sendo convocados à regeneração.
O planeta Terra – como tudo no universo – está em trânsito da condição expiatória-probatória, para a condição regeneradora, e futuramente só poderá permanecer nele quem se compatibilizar com os novos rumos planetários. O processo é lento a nossos olhos, mas vem sendo realizado, não sem antes muitos alertas serem dados, vindos de profetas, médiuns, missionários, religiões e até da ciência, que nos chama a atenção para as graves mudanças na natureza terrena.
Assim, cada um de nós está, agora mesmo, escolhendo seu destino. Como joio, preferindo o egoísmo e seus derivados, seremos atraídos para nova escola, em outro planeta. Como trigo, permaneceremos em processo de aprimoramento de qualidade moral na própria Terra. Eis a questão que muitos deixam de considerar, esquecendo que o tempo não espera…
O lavrador Jesus, depois de tanto tempo arando, adubando, cuidando com carinho de cada um de nós, precisa, pelo bem geral, proceder com tal separação. O bom grão, entre seus semelhantes, produzirá mais, e o mau grão será tratado mais adequadamente em outro terreno, de modo que futuramente mude intrinsecamente para melhor.

Vania Mugnato de Vasconcelos

Um comentário:

  1. Olá Silvana!
    Lembro sempre do ensinamento: "A semeadura é livre, porem a colheita é obrigatória"
    O artigo é bem claro e responde a todas as nossas dúvidas, basta que tenhamos a humildade para reconhecer.
    Abraços

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